sábado, 23 de dezembro de 2023
sexta-feira, 22 de dezembro de 2023
domingo, 17 de dezembro de 2023
sexta-feira, 15 de dezembro de 2023
sexta-feira, 8 de dezembro de 2023
terça-feira, 21 de novembro de 2023
quarta-feira, 8 de novembro de 2023
quinta-feira, 2 de novembro de 2023
segunda-feira, 30 de outubro de 2023
segunda-feira, 9 de outubro de 2023
quinta-feira, 5 de outubro de 2023
Bom dia, viva a República!
Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão choraram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
in Mensagem, Guerra e Paz Editores, SA (2018:70)
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
in Poemas Escolhidos de Álvaro de Campos - Tabacaria
“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”
Fernando Pessoa
in Poemas Escolhidos de Álvaro de Campos - Tabacaria, Assírio & Alvim (2013:103)
sexta-feira, 22 de setembro de 2023
sábado, 9 de setembro de 2023
in Rua de Paris em Dia de Chuva, D. Quixote (2020:133)
“E distraiu-se a pensar que é por isso que vale a pena escrever livros, para poder conversar à distância com aqueles que amamos e que não são do nosso tempo.”
Isabel Rio Novo
in Rua de Paris em Dia de Chuva, D. Quixote (2020:133)
quarta-feira, 23 de agosto de 2023
sábado, 19 de agosto de 2023
segunda-feira, 14 de agosto de 2023
sexta-feira, 11 de agosto de 2023
quinta-feira, 10 de agosto de 2023
terça-feira, 8 de agosto de 2023
domingo, 6 de agosto de 2023
in Quotidiano Instável-Crónicas (1968-1972), por MTH, (25-09-1968), pág 88.
“A mulher estendeu o braço e sentiu o corpo dele imóvel, adormecido. Olhou o negrume abafado do quarto e tornou a fechar os olhos, inquieta como sempre que acordava assim no escuro: era como se estivesse cega. A sua mão desceu tépida ao longo do corpo dele, um corpo adormecido, sem rosto, sem identidade, perdido no vácuo da noite. E aquele corpo magro tomou a possuí-la como horas antes; estremeceu arrepiada e o sono desapareceu por completo.”
in Quotidiano Instável-Crónicas (1968-1972), por MTH, (25-09-1968), pág 88.
in Quotidiano Instável - Crónicas (1968-197Teresa Horta (2019, 82:83).
“Mas era a mulher que dominava a tarde, bem firme nos seus grandes pés duros e nas suas pernas musculosas, magras. Era a mulher que dominava o tempo com o movimento flexível do seu corpo harmonioso e tenso nas suas ancas escorridas, nas ilhargas de aço, no ventre plano, nos flancos estreitos, nos seios encobertos pela blusa amarela, suja.”
in Quotidiano Instável - Crónicas (1968-1972), por Maria Teresa Horta (2019, 82:83).