terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Livro: Rumo ao Farol, Virginia Woolf, Relógio D’Água, 2008.

Instalada na varanda da nossa casa, tendo por companhia uma chávena de chá verde e uma manta aconchegando o meu colo, terminei a leitura de Rumo ao Farol, de Virginia Woolf.
Tinha para ler há muito tempo da mesma autora, Orlando, mas, uma querida amiga, aconselhou-me que iniciasse a descoberta da escrita de V. Woolf através deste romance. Foi o que eu fiz.
Iniciei a sua leitura há algumas semanas, fez-me companhia à noitinha, após dias cansativos no trabalho, ajudando-me a relaxar. Num crescendo, a escrita de V. Woolf foi-me prendendo, não se tratando de um grande enredo, a riqueza do romance prende-se com a capacidade que um escritor tem, em construir personagens com conteúdo e profundidade, um romance onde não existe um narrador, ou duas/três personagens que vão alimentando a história, não, nada disso, existem várias personagens que assumem a construção da narrativa e a compreensão do que estão vivendo. Uma forma de escrever riquíssima.
A linha da narrativa deixa-nos perceber claramente o lugar da mulher na sociedade vitoriana.
Senti um enorme prazer em ler este romance e entristece-me profundamente que Virgínia Woolf se tenha suicidado com quase sessenta anos.

Vou voltar com toda a certeza ao convívio com Virginia Woolf, por agora, resta-me recomendar-vos que a descubram também…



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