domingo, 21 de fevereiro de 2016

Carlos Oliveira in Editorial de José Carlos Vasconcelos, JL nº 1184 de 2016-02-17.

“Carta a Ângela

Para ti, meu amor, é cada sonho
de todas as palavras que escrever,
cada imagem de luz e de futuro,
cada dia dos dias que viver.

Os abismos das coisas, quem os negas,
se em nós abertos ainda em nós
                                [persistem?
Quantas vezes os versos que te dou
na água dos teus olhos é que existem!

Quantas vezes chorando-te alcancei
E em lágrimas de sombra nos
                                [perdemos!
As mesmas que contigo regressei
Ao ritmo da vida que escolhemos!

Mais humana da terra dos caminhos
e mais certa, dos erros cometidos,
foste de novo, e sempre, a mão da
                               [esperança
nos meus versos errantes e perdidos.

Transpondo os versos vieste à minha vida
e um rio abriu-se onde era areia e dor.
Porque chegaste à hora prometida
aqui te deixo tudo, meu amor!”


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