quarta-feira, 21 de agosto de 2019

in Entrevista a Maria Teresa Horta, por João Céu e Silva, DN (21ago19)

"Lançou recentemente uma recolha do seu trabalho, Eu Sou a Minha Poesia, na qual reúne poemas desde 1960 até 2018. Como vê o passar de todos estes anos?

Eu Sou a Minha Poesia é como uma viagem interior maravilhosa pois eu não seria eu se não fosse isto tudo. Não digo que foi muito difícil, porque tudo o que aconteceu, a censura e más interpretações, bem como os silêncios terríveis que houve à minha volta depois de Minha Senhora de Mim até ao romance As Luzes de Leono, foi um anátema, porque uma mulher não escrevia assim. Nada disto tem que ver com os meus colegas, homens ou mulheres, porque o seu grande apoio foi de uma generosidade espantosa. Hoje é que há esta coisa terrível de "este bocadinho é meu e se aquele sair eu fico um pouco maior". Isso não existia: o José Gomes Ferreira, o Carlos de Oliveira, o David Mourão-Ferreira, eram de uma grande generosidade."



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