segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Livro: A Princesa de Clèves, Madame de Lafayette, Relógio D’Água, 2017.


Inserido na coleção “Clássicos para Leitores de Hoje”, da editora Relógio D’Água, este pequeno romance (151 folhas), entrou no meu radar desde que o vi enunciado na página da editora, em novembro de 2017, adquiri-o logo.

Achei curioso que uma obra que versa sobre uma determinada época da história europeia (1678), ainda seja editada nos nossos dias.

Mais tarde compreendi o porquê da sua importância, para os entendidos trata-se de uma obra precursora “(…) do romance de análise psicológica (…)”.

Também quero confessar-vos que me identifiquei, com as devidas proporções, com as ações e os valores que tão bem a autora, Madame de Lafayette (1634-1693) carateriza a protagonista, a Princesa de Clèves.

Madame de Lafayette, é por si só, uma figura singular na sociedade do seu tempo, culta, avessa a artificialismos e aparências, nunca apreciou o modo de viver da corte e de todos aqueles que dela faziam parte.

Deste modo, através de criação literária, Madame de Lafayette pode construir uma história de amor desencontrado e trágico, espelhando o seu modo de ver a vida e as relações entre mulheres e homens, casamentos, amantes e galanterias na nobre sociedade de então.

“(…) é a história de uma luta interior entre a razão e o efeito devastador da paixão. Ou, se preferir, a história do conflito entre a força asfixiante dos costumes e exuberante espontaneidade dos sentimentos.”

Apreciei bastante a escrita, mesmo sentindo-me por vezes perdida no meio de tanta intriga e títulos nobiliárquicos.

Termino esta breve reflexão concluindo que vale muito a pena descobrir “A Princesa de Lafayette”, de Madame Lafayette.


Sem comentários:

Enviar um comentário