quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Livro: Moderato Cantabile, Marguerite Duras, Relógio D'Água, 2014.

Foram poucos, muito poucos, os livros que fizeram vibrar as cordas mais íntimas do meu ser, Moderato Cantabile, de Marguerite Duras, consegui-o.
Um romance com 81 páginas, lido e relido, sofregamente, nem acreditava no que me estava a acontecer, a sentir, a voar, a viver.
Uma estória de amor, pleno de sensualidade e de álcool, uma escrita desconstruída, no tempo, na ação, nas personagens.
De Duras, li há muitos anos O Amante da China do Norte e mais recentemente Olhos Azuis Cabelo Preto. Do primeiro pouco recordo, agora, mais do que nunca, sinto necessidade de retornar a ele, do segundo, senti que foi uma leitura algo difícil, um texto muito desestruturado, hermético.
Para alguns, Moderato Cantabile é o seu melhor romance, não sei, talvez. Eu gostei muito.

O fogo alimenta-lhe o ventre de feiticeira, ao contrário das outras. Os seios tão pequenos de cada lado desta flor tão pesada ressentem-se do facto de estar mais magra e doem-lhe. O vinho escorre na boca, cheia de um nome que ela não pronuncia. Este facto silencioso quebra-lhe os rins.”

Recomendo com urgência que leiam...


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