quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Maria Teresa Horta in Daninha, Meninas, D. Quixote, 2014.

“ - Deixa que te procure no vulto – diz-lhe Uriel, o anjo da poesia, e ela cede, embora saiba que nem sequer daninha a consideram entre a ordem dos anjos «Todo o anjo é terrível», escreverá séculos mais tarde o poeta; todo o anjo é impiedoso, todo o anjo é sedutor, olhar perdidamente melancólico e esplendorosas asas fulvas que ela não se atreve a comparar às suas, incipientes e pálidas, embora matizadas de carmim e violeta.”


Sem comentários:

Enviar um comentário