domingo, 12 de abril de 2015

Henrique Raposo, in As Muçulmanas Europeias Não Existem, revista Ler, Março 2015.

"Para os multiculturalistas, o muçulmano é só isso: o muçulmano: é como se a cultura fosse uma variável tão imóvel e sufocante como a biologia. É como se a «comunidade muçulmana» fosse um destino genético. As grandes vitimas deste irracionalismo foram as mulheres muçulmanas. A pulsão conhecida pelo eufemismo de «multiculturalismo» impediu uma critica séria a atrocidades como aquela que se abateu sobre Asia Bibi, uma católica paquistanesa que foi condenada à morte porque ousou beber água de uma vasilha destinada a muçulmanos.

Se não existe na rua e se em casa não tem espaço para si, a mulher acaba por ser propriedade coletiva da família. Nem sequer é figurante, é o palco. Sem surpresa nesta conceção de Mulher acaba por gerar um facto insofismável: quando as mulheres se revoltam, muitas famílias reagem através de assassínios descritos como «crimes de honra»; a «comunidade muçulmana» é responsável por 96% destes crimes na Europa.

Na Austrália, um afegão chamado Sharifi violou duas raparigas. O Tribunal de primeira instância condenou-o à pena máxima, mas o Tribunal de segunda instância aceitou a argumentação relativista do advogado de defesa. O Juiz reduziu a pena porque Sharifi é oriundo de uma cultura sem «uma noção clara do conceito de consentimento da mulher no momento do acto sexual». É a glória do multiculturalismo: um crime contra uma mulher passa a ser um fenómeno cultural.”

Sem comentários:

Enviar um comentário