sábado, 16 de junho de 2018

Livro: O Ministério da Felicidade Suprema, Arundhati Roy, Edições ASA, 2017.

Vinte anos após de ter lido O Deus das Pequenas Coisas, terminei a leitura de O Ministério da Felicidade Suprema, ambos escritos por Arundhati Roy, foi a boa impressão que ficou registada na minha memória durante vinte anos que me levou a adquirir este segundo romance quando saiu no ano que passou.
Do primeiro honestamente pouco recordo, apenas sobreviveu ao tempo o sentimento de agrado e de bem escrever.
Quanto à leitura que aqui me traz, só me saltam adjetivos. É um romance extraordinário, duro, brutal muitas vezes, que retrata a distópica realidade indiana e sobretudo a convivência nunca pacífica entre as comunidades hindu e muçulmana, a disputa por Caxemira, que até hoje continua a derramar muito sangue.
Índia, um país que tende a tornar-se o mais populoso do mundo, considerada uma democracia, porém, só vejo desigualdade, brutalidade, miséria e perseguição religiosa.

Como contar uma história destroçada?
Tornando-me lentamente todos.
Não.
Tornando-me lentamente tudo.

Continuo a gostar muito da forma de escrever de Arundhati Roy.
Recomendo vivamente a leitura deste pungente romance.



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