segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Livro: A Autobiografia de Alice B. Toklas, Gertrude Stein, Relógio D’Água, 2017.


Terminei uma leitura muito interessante e curiosa, mas só no final a compreendi, Gertrude Stein (1874-1946), escreveu a sua autobiografia mas do ponto de vista de Alice, algo confuso não é?

Gertrude S. “era uma jovem escritora de 28 anos quando, em 1903, regressou a Paris e aí passou a residir com o seu irmão Leo.
Em 1907, chegou à capital francesa Alice B. Toklas, igualmente originária de uma abastada família californiana.”

Depois de se conhecerem, Alice foi trabalhar com Gertrude como sua assistente, vindo a tornar-se sua companheira.

A vida de Gertrude S. em Paris girava à volta dos múltiplos escritores e pintores que recebia aos sábados à noite, grandes tertúlias aconteciam em sua casa, ao mesmo dava apoio nas dificuldades por que passavam no início das suas vidas artísticas e influenciava os seus trabalhos.

Conheceu e foi amiga de muitos deles, Picasso, Cézanne, Matisse, Juan Gris, Scott Fitzgerald, Apollinaire, Cocteau, Pound, Hemingway e outros tantos.

Gertrude S. contribuiu para o esforço de guerra (Primeira Grande Guerra),  disponibilizando o seu carro ao Fundo Americano para os Feridos Franceses, desta forma Gertrude e Alice passaram a transportar o que era necessário entre hospitais na linha da frente, incluindo visitar doentes acamados.

Depois de a guerra terminar Gertrude e Alice regressaram a Paris e às rotinas de antes, se bem que a vida parisiense não voltou a ser o que era.

Este livro numa escrita rápida e sem ir muito ao fundo dos personagens reais, é essencialmente um conjunto de histórias sobre escritores e pintores e as suas vivências na Paris dos loucos anos do início do século XX.

De acordo com a própria autora foi escrito em apenas seis semanas.


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